Educação: o Processo

Uma das definições mais completa sobre o que é a Educação, diz que “é o processo que visa o pleno desenvolvimento intelectual, físico e moral de um indivíduo (sobretudo na infância e na juventude) e a sua adequada inserção na sociedade”.

Para que este processo se realize com sucesso a própria sociedade deverá estar envolvida e as suas instituições deverão trabalhar em conjunto entre si e com as famílias. É neste sentido que o Município de Famalicão tem dado um grande exemplo ao colocar sempre os seus recursos ao dispor das necessidades das escolas que fazem parte do seu território.

Nos últimos anos, Famalicão tem-se afirmado como um município Educador, para a Juventude e para a Família. Para tal, conta no seu orçamento com um aumento de cerca de 1,4 milhões de euros relativamente ao orçamento anterior. Com um objetivo bem definido, será dado continuidade ao trabalho já iniciado, para melhorar ainda mais as condições dos alunos no concelho através de inúmeras medidas de cooperação institucional, com acordos e parcerias que têm dado excelentes resultados como é o caso da Universidade do Minho, CESPU, IPCA e outros.

Estar do lado das famílias, dos professores e alunos tem originado sucessos a todos os níveis. Famalicão tem-se bastado e tem conseguido superar dificuldades sociais que estão sempre a surgir, que afetam as famílias e por consequência, as crianças e jovens.

Adaptar-se e saber manter o reconhecido valor das escolas de Famalicão, obriga a uma constante avaliação de programas e projetos.

É de conhecimento geral que o Orçamento de Estado chumbado, e que parece que deixará de o ser com o novo governo, propõe para o domínio da Educação cerca de 3,5%. Este valor é inferior ao que foi disponibilizado no Orçamento de 2010 e situa-se muito abaixo dos 6% , indicado pelas Instituições Internacionais.

Um Estado cada vez mais afastado da Escola. Um Estado cada vez mais distante dos problemas e reivindicações dos professores. Um Estado cada vez mais distante da urgência de aumentar o número de Auxiliares nas escolas. Um Estado que, cada vez menos apoia alunos com necessidades especiais.

O aumento da idade dos professores continua a ser um problema empurrado com a barriga. O adiar o confrontar esta situação, já se faz sentir por todo país, e num período de cinco a dez anos teremos como realidade, a falta generalizada de professores em todos os graus de ensino e em todas as disciplinas. A par desta realidade vemos, cada vez mais, novos professores a abandonarem uma vida escolheram com vocação, a dedicarem-se a outros ofícios. A Educação em Portugal está cansada, degastada e soterrada em “papéis” que devem refletir os bons resultados que o Estado quer fazer ver.

Todos nós já sabemos que, o que move um professor são os seus alunos. É a sua Sala de Aula. No entanto, quando ouvimos os professores falar da sua profissão, surge um desfile de insatisfações que nada tem a ver com a sua atividade direta com os seus alunos. CARREIRA, AVALIAÇÃO, CONCURSOS, REFORMA, BUROCRACIA.

Temos um país que exporta mão-de-obra bem qualificada. Temos um país que ainda tem, na grande maioria dos seus professores, gente que gosta do que faz e que faz das tripas coração para conseguir levar os seus alunos ao sucesso. Mas o tempo esgota-se e está a acabar.

Para quando um país que colocará a Educação como objetivo primeiro? Um país que realmente dê valor ao essencial: Cultura e Educação?

Paula Azevedo
Professora

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