28-04-2016
INIMPUTAVEL. A recusa do socialista Vítor Constâncio, vice-presidente do Banco Central Europeu, em colaborar com a Comissão Parlamentar de Inquérito ao BANIF, com a justificação de que o BCE não responde perante o parlamento português, depois de o próprio, em duas anteriores ocasiões o ter feito (comissões de inquérito ao BPN e BES), é o exemplo típico de quem se acha acima de tudo e de todos. A quem nenhuma obrigação ou responsabilidade pode ser assacada. O perfeito inimputável.
BRINCADEIRA. O Governo quis que o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas fossem discutidos, mas não votados, no Parlamento. Não estava obrigado a fazer nem uma coisa, nem a outra. Mas fazendo a primeira, a segunda seria a decorrência lógica. Detendo o apoio da maioria parlamentar, não sabemos porque não o fizeram, mas sabemos que, doravante, bloquistas, comunistas e verdes não têm desculpas para, mais tarde, discordar desta ou daquela medida, refugiando-se na circunstância de não terem votado aqueles documentos. Esta dispensa de votação apenas legitima a interpretação de que lhe concedem o seu inequívoco apoio a não ser que andem a brincar aos governos.
ANTIPATRIOTAS. O Governo da “União das Esquerdas” reage mal aos críticos das previsões irrealistas que sucessivamente vai apresentando e, com o passar do tempo, sucessivamente corrigindo. Quem ousar discordar das estimativas governamentais é porque quer influenciar negativamente Bruxelas e deseja que tudo corra mal aos portugueses. Caricatural. Equivale a dizer que todos quantos exigem botes de salvamento nos navios é porque no fundo, no fundo, desejem que o mesmo naufrague. Enfim…
TRETAS. A Associação 25 de Abril retomou a sua participação nas comemorações oficiais do aniversário da Revolução. Ao contrário dos últimos quatro anos não exigiu discursar no Parlamento como condição essencial para a sua presença. Fez bem em não voltar a desconsiderar os representantes do Povo, mas não venha com a conversa de que corporizam os ideais de abril, pois como se costuma dizer “não andamos a dormir”.
Vice-Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Famalicão
Jorge Paulo Oliveira