Neste momento, estão anunciados cerca de 450 milhões de euros de investimento empresarial no concelho de Vila Nova de Famalicão, representando a criação de perto de 2000 postos de trabalho, num universo aproximado de 200 empresas, até 2020. A fonte destes valores é facilmente percetível e objetiva, de acordo com o seguinte:
(i) Ao abrigo do Regulamento de Projetos de Investimento de Interesse Municipal foram já anunciadas 30 novas iniciativas empresariais que representam 104 milhões de euros de investimento e que perspetivam a criação de 951 novos empregos. Tal como refere o Presidente da Câmara, Paulo Cunha, é rara a semana em que no nosso concelho não haja uma boa notícia ao nível do investimento empresarial, que representa mais capacidade de produção, mais força exportadora e, principalmente, mais e melhor emprego.
(ii) Através do Portugal 2020 também já foram aprovados 180 novos projetos de empresas famalicenses. O Compete 2020 (Programa Operacional de Competitividade e Internacionalização) aprovou 62 projetos, totalizando 135,408 milhões de euros de investimento, e o Norte 2020 (Programa Operacional Regional do Norte) deferiu 118 projetos, representando um investimento de 58,764 milhões de euros. E são estes projetos que representam um investimento global elegível de 195 milhões de euros.
(iii) Acresce que, nos últimos dias, a Continental Mabor anunciou um investimento de mais 150 milhões de euros na fábrica de Lousado e a criação de mais duas centenas de postos de trabalho até ao final do próximo ano. Aos 50 milhões de euros de investimento na construção de uma unidade de produção de pneus agrícolas, a empresa acaba de revelar que vai investir mais cerca de 100 milhões de euros na expansão da atual fábrica de pneus ligeiros para aumentar uma produção que ronda 18 milhões de unidades anuais.
Conforme se pode constatar, em Vila Nova de Famalicão não se vive aquilo que muitos dizem e escrevem sobre o país, isto é, que um dos graves problemas estruturais de Portugal, ao nível do crescimento económico, é a ausência de investimento, em particular do investimento privado.
Dirão alguns que estes resultados se devem à conjuntura económica, nomeadamente a internacional, que, nos últimos tempos, tem sido favorável; outros dirão ainda que se devem às políticas económicas deste governo. Na minha perspetiva, devem-se antes a um conjunto de fatores, não excluindo os anteriores, que, em simultâneo, contribuem para que Famalicão esteja a viver um dos mais vibrantes e pujantes momentos do seu tecido empresarial.
Em primeiro lugar, a coragem, a ousadia e a visão dos seus empresários. Sem dúvida que em Famalicão existe um ADN empresarial e empreendedor que, nos momentos mais difíceis, tem dado mostras da sua valentia e determinação. Sem a dinâmica, a força de trabalho e a progressiva melhoria da sua gestão empresarial, provavelmente, nada disto seria possível.
Em segundo lugar, a qualidade dos recursos humanos. Um dos fatores críticos de sucesso da região, e do nosso concelho em particular, que nos diferencia e posiciona à escala global, é a capacidade, a competência e o espírito de sacrifício da generalidade dos trabalhadores. Todos estes projetos e todos estes investimentos só são possíveis se, a par do arrojo dos empresários, houver uma equipa criativa, multidisciplinar e competente que consiga colocar em prática as ambições dos seus líderes.
Por último, também se deve realçar o ecossistema empresarial do nosso município. De facto, em Famalicão existe um ambiente favorável aos negócios. Destaque-se o papel cada vez mais importante das escolas, através da sua Rede Local de Educação e Formação, e o esforço que têm feito no sentido de oferecer uma oferta formativa cada vez mais ajustada às necessidades das empresas; bem como dos Centros de Investigação e Tecnologia cuja função tem sido fundamental na criação de valor e no próprio reposicionamento das empresas face aos desafios do mercado global; finalmente, sublinhar também o papel da própria Câmara Municipal que, através do seu Presidente, tudo tem feito para criar um ambiente facilitador e propício à criação e ao desenvolvimento de empresas.
Desde a primeira hora que Paulo Cunha definiu como uma das suas prioridades a proximidade às empresas e a valorização da força industrial do território famalicense. E tem-no feito de forma muito natural e credível, não chamando a si o respetivo protagonismo; antes pelo contrário, a sua ação tem permitido criar as condições necessárias, dentro das suas competências, para a implementação dos respetivos projetos, contribuindo também para este momento áureo do crescimento económico do concelho.
Por tudo isto, pode dizer-se com toda a certeza que: É Bom Investir em Famalicão!
Augusto Lima
Coordenador do Famalicão Made IN