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23.09.2019

“Até na cultura o Governo discrimina Famalicão”

“A Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, que há 18 anos irradia cultura na região, sendo reconhecidamente um dos equipamentos culturais de referência do país, não recebe qualquer apoio do Estado para a programação regular que oferece ao seu público, mas o Ministério da Cultura concede um apoio financeiro anual à Plataforma das Artes e Criatividade de Guimarães, para que este equipamento possa desenvolver as suas atividades culturais e de promoção artística. Porquê?”. A pergunta de Jorge Paulo Oliveira é mais uma denúncia “de um tratamento desigual incompreensivo por parte da Administração Central para com Vila Nova de Famalicão, que, até na cultura, promove a desigualdade territorial”.

O candidato famalicense à Assembleia da República que integra as listas distritais do PSD e que foi deputado na última legislatura, falava hoje, segunda-feira, 23 de setembro, à saída de uma reunião com o diretor da Casa das Artes, Álvaro Santos, onde confirmou a “total ausência do atual Governo num equipamento que tanto fez e faz pela descentralização cultural do país”. E acrescenta, “é estranho que isto aconteça, tanto mais que ao longo dos anos têm sido vários os governantes a elogiar publicamente o trabalho desenvolvido pela Casa das Artes”.

Alertando para as consequências de um país “a duas ou mais velocidades”, Jorge Paulo Oliveira alerta que a “cultura não pode ser um bem adstrito apenas a alguns centros urbanos do país”. “Mas a verdade é que não existe uma política equilibrada, justa e criteriosa de fomento cultural, como o demonstra claramente o divórcio do Governo com a Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão e outros equipamentos regionais”, acrescenta. “Sucede que nenhum equipamento da mesma natureza no Distrito de Braga, entre eles a Casa das Artes, foi credora de idêntico apoio no ano passado, ou em anos transatos, nem se tem conhecimento que a algum haja sido prometido idêntico tratamento no futuro.”

O candidato recorda que “a programação da Casa das Artes, tal como a da Plataforma das Artes e Criatividade, é interdisciplinar e multifacetada. Desenvolve projetos artísticos e culturais da comunidade e para a comunidade, cria e apresenta projetos artísticos eruditos, nas áreas da dança, música, teatro, artes plásticas e performativas, apresenta projetos artísticos de grande público, mas também projetos artísticos alternativos e experimentais para públicos com interesses diversificados e mais focalizados”.

“Porque razão um equipamento desta natureza não é credor dos apoios financeiros do Governo como outros de igual natureza? Não sabemos, mas sabemos que nenhuma razão objetiva existe para que os famalicenses e os agentes culturais famalicenses sejam discriminados pelo Governo em matéria de acesso à cultura e promoção artística”. Jorge Paulo Oliveira concluí que o comportamento do Governo “é inaceitável, é indigno, e nós estamos aqui para o denunciar publicamente, porque Famalicão e os famalicenses estão a ser discriminados, não o merecem e nada o justifica”.

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